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23 de outubro de 2011

Por uma solução integrada e com sacrificios justamente distribuidos por todos

Ainda a propósito da suspensão dos subsídios de ferias e Natal, devo referir que a questão, a meu ver, não devera colocar-se em termos de alargar, a todos os trabalhadores, os sacrifícios que se preparam para o sector publico.
Temos que encontrar um justo equilíbrio entre um conjunto de medidas que garantam: uma maior e melhor racionalização da despesa pública; a repartição proporcional dos sacrifícios entre capital e trabalho; entre os sectores publico e privado e, e aqui é que está a questão, na renegociação dos prazos para os ajustamentos que precisamos de fazer.
Uma abordagem global, que encontre forma de deixar a economia respirar, produzindo riqueza e criando emprego, é o que se impõe.
Há mais vida para alem da austeridade. E já toda a gente percebeu que só austeridade, e ainda por cima centrada nos do costume, não é solução. E já todos percebemos que fazer os ajustamentos necessários até 2013 não é de todo possível. Ou seja, podemos resolver o deficit, mas talvez não tenhamos País para usufruir do tempo de descompressão que se lhe seguiria.
Mas parece que só o Ministro das Finanças e o PM é que não vêem! Esta cegueira só pode ser motivada por preconceitos ideológicos, como bem sinalizou Pedro Lains e, esta semana no Expresso, Nicolau Santos, em mais um dos seus excelentes artigos.
Enfrentemos os problemas nas suas diferentes dimensões e nas suas diferentes causas.
Bem sei que há coisas que dependem de nós e outras não. Mas cuidemos de fazer bem o que está ao nosso alcance. Como desafia o Presidente da República. De forma inteligente.

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