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27 de fevereiro de 2011

A extinção da NEGDAL e a Santiagro

A NEGDAL, empresa que organiza a Santiagro, em Santiago do Cacém, foi extinta por problemas financeiros, anuncia o Diário do Sul.
A Câmara de Santiago assumirá, directamente, a organização da feira já em 2011.
Esperamos que a Câmara não deixe de explicar o sucedido numa próxima reunião da Assembleia Municipal.

O lugar da Alemanha na crise das dívidas soberanas

Esta e outras ideias sobre a crise actual podem ser lidas no El País, em entrevista de Niall Ferguson . Entrevista interessante, de um liberal, que coloca, a meu ver, o dedo na ferida. A actual crise enfrenta-se globalmente e não pode ser encarada como um problema dos Países do Sul.

"Los alemanes no pueden seguir pretendiendo que el problema no va con ellos. La crisis fiscal de la periferia europea es definitivamente su problema. Es el problema de sus bancos. Y es el problema de su economía: sus exportaciones van hacia esos países; sin la eurozona, si el marco existiera, Berlín tendría un problema fenomenal, con una apreciación de su tipo de cambio que acabaría de un plumazo con el superávit del que Alemania presume tanto. Por eso es tan desafortunada esa cacofonía de voces en la que desafina a menudo el discurso alemán."

26 de fevereiro de 2011

A solução para as dividas soberanas: Ajuda ou castigo, eis a questão

A crise da divida soberana continua a ocupar um lugar de destaque na actualidade e ameaça não nos largar tão depressa. Em vésperas do próximo Conselho Europeu são varias as Movimentações para que se encontre um caminho de reforço da solidariedade europeia que se traduza, como referia ontem Medeiros Ferreira, em medidas concretas de apoio ao euro e às economias mais fragilizadas, como é o caso de Portugal. E a ajuda que se precisa não é, a meu ver, uma ajuda que mais parece um castigo, como sugerem as ajudas com recurso ao actual FEEF e ao FMI. Precisamos que a Europa em geral, e a Alemanha em particular, se disponibilizem para uma abordagem global da crise europeia, entendendo que o problema não é dos países do Sul mas de toda a Europa. E as medidas devem, por isso, ser orientadas para o interesse geral e não viradas para os nossos umbigos.

A noticia de hoje, a propósito do encontro Socrates-Merkel, dá alguns sinais que parecem indicar janelas de oportunidade para enfrentar a situação que temos pela frente. Para já, o que parece ser certo é que a Alemanha está empenhada em afirmar publicamente o reconhecimento pelo esforço que está a ser feito em Portugal. Isso, sendo bom, não é contudo suficiente.

De acordo com o que se revela no Expresso, parece que a Alemanha dá alguns sinais de abertura para viabilizar a flexibilização do FEEF. Seria bom que tal se confirmasse e que a reunião do Eurogrupo e o Conselho Europeu de Março viessem a consolidar esse caminho.

A flexibilização do FEEF, bem como o seu reforço, poderão constituir um sinal claro de que a Europa está empenhada em defender o euro e, consequentemente, proteger, das investidas dos mercados, as dívidas soberanas dos Países do Sul que, a não ser travada, não tardará em estender-se às dividas soberanas de outros Países europeus.

Os instrumentos de ajuda actuais - FEEFe FMI - já se revelaram incapazes de conter a pressão sobre os juros, como o provam a situação da Grécia e da Irlanda.

A crise actual das dívidas soberanas não pode ser enfrentada com soluções que, inviabilizando o crescimento das economias europeias, acabem por agravar as situações em vez de as resolver. Por vezes os doentes podem não morrer da doença, mas sim da cura. E esse pode ser o caso se não se arrepiar caminho.

Como referia Strauss Khan na última reunião do G20, a melhor solução para enfrentar a crise das dívidas soberanas é o crescimento das economias. E, para isso, é preciso encontrar formas concretas de introduzir paz e calma nos mercados.

E há instrumentos para isso. Instrumentos que permitam pressionar a descida das taxas de juro sobre as dívidas soberanas, deixando, assim, recursos e ambiente para promover o crescimento da economia.

Reestruturar o FEEF de forma a permitir-lhe intervir na compra directa de dívida, evoluindo para a possibilidade de emissão de eurobonds, é uma solução por muitos defendida e, entre nós, Maria João Rodrigues tem vindo a fazê-lo de forma muito clara e sustentada.

É uma questão de vontade politica e de vontade sincera de defender o espaço europeu que, como já aqui disse várias vezes, tem que ser visto como mais que um espaço económico. A Europa é um projecto económico, mas também politico e social. E é preciso que todos, incluindo a Alemanha, tenham a noção de que todos ganhaaremos com a consoldição e reforço do projecto europeu e que todos perderemos com o seu fracasso.

Ouvir a Chanceler Merkel que quer defender o projecto europeu e o euro, é bom.

Mas para que isso seja levado efectivamente a sério é preciso que se tomem medidas adequadas a isso, ou seja, olhar para a Europa como um todo e olhar a crise das dívidas soberanas como um problema de todos.Não deixando a dívida de um Estado desprotegida e à mercê dos mercados, sem qualquer tipo de protecção.

Segundo Paull de Grauwe, no Expresso de hoje, a forma de proteger essas dívidas, referindo-se à situação portuguesa, passaria por assegurar que as taxas de juro não ultrapassassem os 3,5% -4%, o que "transmitiria aos mercados que quem empresta confia em Portugal".

Ainda segundo Paul de Grauwe a adopção de medidas deste tipo implicaria abandonar uma abordagem prevalecente "norte-europeia, demasiado baseada nas emoções do género, pecaste, tens de ser castigado".

Ora é precisamente esta abordagem que tem que ser alterada.

Os sistemas de ajuda ás dividas soberanas, no espaço europeu e, mais precisamente, no espaço do euro, não podem ser encaradas como um castigo para quem a eles recorra.

23 de fevereiro de 2011

A propósito dos recibos verdes

Os nossos comentadores à direita, na Quadratura do Círculo, da passada 5ª feira, estiveram, sobre a precaridade, a bater ao lado do problema.
A questão não é haver recibos verdes. A questão é haver falsos recibos verdes e que essa nova forma de relação laboral se esteja a generalizar transformando os portugueses, e não só os jovens, em trabalhadorers independentes, como se isso correspondesse a uma situação real.
E tudo isto com base no argumento de que mais vale uma mau emprego do que nenhum emprego. Como ouvi hoje, talvez com palavras não exactamente iguais, a Pacheco Pereira, Miguel Macedo e Lobo Xavier.
De facto não podemos misturar tudo na mesma discussão.
Uma coisa será o processo de entrada no mercado de trabalho onde será aceitável que os jovens tenham um período experimental, com contratos a prazo, nos termos da lei, ou com recurso a estágios profissionais.
Outra coisa é o recurso sistemático, porventura de legalidade duvidosa, a recibos verdes.
Ora isto não tem nada que ver com flexibilidade. Chama-se outra coisa. Muitas vezes poderemos estar perante sistemas de trabalho à jorna, que pensava já extintos.
Há, de facto, e conheço muitas, empresas que apresentam, como cartão de visita, o facto de não terem falsos recibos verdes. E há, com toda a probabilidade, outras que fazem disso uma prática, arranjando para isso enquadramentos do mais variado tipo. Algo está mal.
E por isso, para bem da nossa economia e de uma sociedade que queremos respeitadora de principios, parce ser um imperativo de todos nós pugnar por um combate sério aos falsos recibos verdes.
E a tão falada, e necessária, responsabilidade social das empresas deve fazer-se sentir também aqui.
Em Espanha prepara-se legislação sobre RSE. Será bom acompanharmos a evolução deste assunto.

Ainda a situação no mundo árabe

A evolução da situação na Libia mostra que o mundo árabe não é todo igual. Mas não permite sustentar a ideia, que alguns defendem, da impossibilidade da emergência de movimentos e processos genuinamente democráticos no mundo árabe. Como diz um dos lideres do movimento 6 de Abril egípcio, a revolução árabe começou. Mas como adverte , em lúcido artigo no publico de ontem, Eduardo Lourenço, os processos não serão, nem podem ser, copias de modelos pronto a vestir produzidos nas sociedades ocidentais. Porque são diferentes os contextos históricos, culturais e religiosos. E como os processos de mudança não crescem em ambientes laboratoriais acepticos, serão sempre processos do seu tempo e marcados pelo seu contexto. Agora que o mundo está a mudar e que essa mudança está, neste momento, a atravessar o mundo árabe é verdade. Esperamos todos que essas mudanças, assumam elas as formas que assumirem, sejam criadoras de regimes que promovam o respeito pelos direitos humanos, em todas as suas dimensões, e que promovam a integração do mundo árabe na comunidade internacional, criando condições para a promoção da paz, no respeito pelas diferenças.

E, como em todos os processos de mudança, haverá tensões, contradições, perigos, curvas e contra curvas, etc. Porque é que deveria ser diferente? Houve algum processo de mudança no mundo, especialmente quando resultam de rupturas com regimes autoritários, que tenha sido linear e com desenvolvimentos traçados a régua e esquadro?
Lembremos-nos da nossa revolução democrática de Abril.
Eu também não tenho certezas. Só tento contrariar a ideia de que os árabes não são compatíveis com democracia. Talvez o modelo de democracia não seja exatamente igual ao nosso. Haverá formas adequadas ao contexto. E isso é algo que lhes cabe descobrir. Não há modelos à la carte que o ocidente tem para servir. Alias só temos feito disparates quando exportamos a mossa democracia.
Mas acompanho, claro esta, as preocupações quanto aos caminhos fundamentalistas que poderão ganhar lugar. Mas o mundo também mudou por ali e as novas gerações tem outra forma de estar.
Espero, sinceramente, que estejamos a assistir a um processo de construção de sociedades promotoras dos direitos humanos.

21 de fevereiro de 2011

Daniel Oliveira e a moção de censura do Bloco

Caro Daniel Oliveira Gostaria de saudar a posição face à moção de censura do BE. Não por eu estar de acordo com ela que, sendo bom, não releva para o que quero dizer. O que Me faz saúda-lo é a lucidez e a clareza da sua posição, que ouvi em directo no debate com Luis Delgado e que, tal como ele, tive a sensação de estar perante uma declaração histórico, vinda de si. Registo, por isso a coragem. E a analise das motivações profundas da atitude do Bloco. Para alem de uma posição de despique com o PCP, própria de uma das correntes do Bolco, que conheço bem, não deve ser ignorada a predisposicao para a agitação permanente, sem qualquer objectivo que não seja ser do contra, que caracteriza a outra corrente presente e liderante do Bloco. Penso, sinceramente, como dizia a Clara Ferreira Alves, que com estes dirigentes do Bloco não há nada de útil a esperar. Tal como Antonio Costa, também considero, com esta postura, o BE como um partido inútil. Mas o drama é que a política portuguesa precisa de forcas políticas â esquerda que, com as suas patticularidades, possam, com o PS, construir soluções de governabilidade à esquerda. E há, na área do Bloco, pessoas que poderiam protagonizar esse movimento de transformcao. Há exemplos bem sucedidos desse tipo de solução como é o caso dos verdes alemães que, com o SPD, desempenharam um papel importante na política alemã. Espetemos que por ca aconteça alguma coisa. Seria bom.
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Solidariedade Ibérica na Cimeira do G20

A Ministra da Economia de Espanha assumiu, na cimeira do G20, em Paris uma posição em defesa de Portugal, de acordo com o que diz a imprensa.

A propósito de um apelo de Jean Claude Junker, especialmente dirigido a Portugal, Sobre a necessidade de boa execução das medidas de austeridade, a Ministra espanhola afirmou que Portugal tomou aa medidas adequadas e, por isso, assegurara o cumprimento dos compromissos relativos ao controlo do deficit.

Não tendo Portugal assento neste fórum, é bom saber que temos a solidariedade dos nossos vizinhos. A solidariedade ibérica e o concerto de posições entre os dois estados é uma questão estratégica para enfrentar a presente crise e reforçar o lugar da península e da comunidade ibero-americana e Lusofona no concertacao internacional.

A posição assumida por Espanha é, pelo que significa, de saudar.

Duas Mensagens, dois caminhos para combater o deficit publico na Uniao Europeia

Na cimeira do G20, realizada em Paris, Jean Claude Trichet, do BCE e Strauss khan, do FMI, pronunciar-se sobre a necessidade de a Europa tomar medidas para combater os deficits públicos dos Paises Europeus. O presidente do BCE enfatizou as medidas de austeridade como a solução. Do lado do FMI vem uma mensagem enfatizando a necessidade de políticas que favoreçam o crescimento da economia.

Dua posições diferentes para enfrentar a mesma realidade e os mesmos problemas.

Como poderia ser diferente a política europeia se, em França, tivéssemos Strauss Khan como presidente.

Pode ser que aconteça nas próximas eleições.

20 de fevereiro de 2011

Jacarandás de Lisboa

Ainda enm teste de aprendizagem de carregamentos, aqui fica uma imagem linda de Lisboa com jacarandás em flor..dentro em breve será de novo assim..com a Torre de Belém em fundo..linda fotografia da minha amiga Silvia Rato



Este magnifico dueto de dois monstros das canções é para teste de inserção de videos no meu blog..se resultar fica aqui uma preciosidade..

Santiago do Cacém na France Catholic

Num artigo sobre a história da lenda da imagem de São Tiago Matamouros, que figura no brasão de Santiago do Cacém, esta cidade do Litoral Alentejano é referenciada na importante revista católica France Catholic.
Santiago do Cacém é um dos mais importantes pontos do Caminho de Santiago da península, e esta referência terá, por certo, importância na divulgação internacional da noss aregião e do nosso País, como centro importante do turismo religioso e dos caminheiros de Santiago.
Aqui fica o artigo para que nele tiver interesse.