Afinal há, nas contas de 2011, por força da transferência de parte do fundo de pensões da banca, uma folga de 2 mil milhões, ou, como prefere dizer o Sr. PM, um excedente de liquidez.
Todos sabemos que temos dívidas e que temos que as pagar. Daí que; de certa maneira, se poderia achar normal a utilização desta folga. Claro que, em bom rigor, não há folga nenhuma se tivermos em conta que temos que pagar as dívidas. O que está em causa não é a existência de uma folga em termos absolutos, mas a existência de uma folga por relação aos objectivos do deficite para 2011, que foi fixado em 5,9% no memorando da troika.
Assim, representando estes 2 mil milhões, qualquer coisa como 1,17% do PIB, então das duas uma: ou não tinha sido necessário transferir tanto do fundo de pensões, ou, para manter os mesmos 5,9% de deficit, não teria sido, este ano, necessário retirar 50% dos subsiduios de natal aos trabalhadores e pensionaistas.
Trata-se de saber se queremos, podemos ou precisamos, acelerar o ritmo do ajustamento. O PM parece que quer...Mas não era preciso. Fazê-lo é uma opção politica e teve, como contrapartida em 2011, o corte de 50% do subsidio de Natal.
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