A avaliação da Troika sobre a execução do memorando, tudo indica, vai ser positiva. Segundo a Troika, como referiu um dos deputados presentes na reunião, a execução do memorando vai no bom caminho. E, assim sendo, é normal que os homens da Troika estejam contentes. Outra coisa não seria de esperar. Como "bons tecnocratas que são" têm uma missão de controlar a execução do plano aprovado. Ponto. Não se pode pedir aos técnicos da troika o que não é suposto que façam. Não lhes compete fazer politica e, o necessário reajustamento que importa fazer, é um problema politico e carece de uma resposta politica, não técnica.
Cabe aos politicos avaliar os impactos das soluções aprovadas e reajustar o programa em conformidade.
Por isso, não me admira que os técnicos da Troika não olhem para a situação em que está o País. Ela está à vista de todos e os politicos conheçam-na.
O que me preocupa não é a avaliação que fazem os técnicos da Troika, mas a incapacidade do governo português em colocar, na agenda da politica europeia, o pedido de reajustamento, associando-se aos governos que exigem politicas de crescimento e, nesse quadro, exigir uma especial atenção para o programa de reajustamento português. E preocupa-me, ainda, ouvir o Comissário Europeu afirmar que não têm previsto fazer grandes ajustamentos nesta fase.
Seria bom que caíssem na real e que, cada um, assumisse as suas responsabilidades. O Governo português, a Comissão e o Conselho Europeu. E não queiramos, pelo menos eu não quero, que os técnicos da troika façam politica. `
À Troika o que é da Troika, à politica o que é da politica.
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