Em artigo publicado no jornal i, Passos Coelho faz a sua apreciação da situação do País, avalia o caminho percorrido e apresenta os seus remédios.
Este artigo tem um valor importante no debate politico que temos que enfrentar.
Passos Coelho deixa clara a sua agenda e ao que vem. Clarifica a sua posição e revela uma agenda liberal. Reconheço-lhe a coragem. Aqui fica o artigo para que possa ser lido. Para que não restem dúvidas
Os socialistas, que desenvolvem um debate interno sobre os desafios do socialismo democrático face à actual crise, têm, aqui, um importante contributo para ajudar ao necessário e saudável confronto ideológico.
Fica claro que a agenda do PSD é, no essencial, uma agenda orientada para pôr em causa o estado social, assumindo uma postura marcadamente liberal. Não é nada que já não soubessemos, mas agora as coisas ficam mais claras.
Se é verdade que, na conjuntura actual, teremos que encontrar, com o PSD, soluções que permitam viabilizar as medidas indispensáveis ao enfrentamento da crise que atinge o País, importa que sejamos capazes de construir uma agenda à esquerda que seja capaz, sem qualquer hesitação, de afirmar uma alternativa anti-liberal e socialista.
O PS vai ser capaz de o fazer e, com base nessa agenda, preparar o caminho para reforçar o seu papel na sociedade portuguesa, continuando a governar o País, contribuindo, igualmente, para a construção de uma agenda europeia que contrarie a agenda neo-liberal que hoje impera na administração europeia, no quadro do Partido Socialista Europeu.
Penso, sinceramente, que estamos no bom caminho.
As jornadas parlamentares de 5 e 6 de Julho, que pode ver aqui , mostram que há pensamento à esquerda capaz de construir essa alternativa.
José Socrates afirmou claramente, que o PS recusa a agenda neo-liberal do PSD para a revisão constitucional.
A oportuna publicação do ensaio de Augusto Santos Silva, "Os Valores da Esquerda Democrática", vem dar um contributo inestimável para esse debate, que importa que envolva todos os socialistas e todos os inconformados com as receitas neo-liberias e comprometidos com uma solução de esquerda para enfrentar a grave crise em que vivemos.
Que sejamos capazes, mesmo enquanto temos que enfrentar uma agenda politica que não gostaríamos, mas que é indispensável face à crise, de construir as nossas soluções para dela sair. Uma agenda de esquerda credível e ajustada aos novos tempos é, não só necessária, como indispensável e possível.
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