A posição de António José Seguro, sobre a ADSE e outros subsistemas, enunciada hoje, carece de maior clarificação. Em primeiro lugar porque a questão da sua integração no SNS é uma falsa questão, como já aqui tentei demonstrar noutras ocasiões. Em segundo lugar porque o principio da auto-sustentação dos sistemas, contra o qual nada tenho, não deve implicar o fim da comparticipação do Estado, enquanto empregador, no seu financiamento. O próprio memorando da Troika não o impõe. Mais uma vez alerto para o erro que consiste tratar este assunto como uma questão do SNS. Este assunto pertence ao foro privado das relações laborais entre trabalhadores e empregador que, neste caso, é público. E é aí que o financiamento e o futuro destes subsistemas deve ser discutida. Há muito que pode ser feito para racionalizar este sistema e os seus beneficiários têm uma palavra a dizer no quadro da negociação das suas condições de trabalho. Os Sindicatos devem preparar-se para esta discussão com propostas de solução e não assumindo as tradicionais posições de dizer que não a tudo. Soluções precisam-se e temos que estar preparados para as encontrar, sabendo que o caminho é o da redução significativa da participação financeira do Estado.
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