Duas entrevistas ao Expresso que merecem ser lidas pelo Governo e pelos responsáveis da Troika.
A primeira do Nobel da economia Eric Maskin alertando, mais uma vez e entre tantos outros, para o erro que representa esta politica de austeridade brutal que não permite cuidar do crescimento da economia. Porque será que ninguém ouve?
A segunda, de António Saraiva, Presidente da CIP, denunciando que temos finanças a mais e economia a menos e mostrando, com soluções concretas, como poderia ser diferente. Defende que os 6 mil milhões que não serão utilizados para reforço do capital da banca, possam ser utilizados para pagar dividas do Estado à banca com a condição de os bancos canalizarem esse dinheiro para a economia (real, digo eu, e não para jogos na bolsa como são os anunciados créditos para o negócio da Brisa) e, assim ajudando a resolver os problemas de tesouraria das empresas que têm encomendas e que não têm dinheiro para as satisfazer. Porque é que ninguém ouve o bom senso?
Esta opção seria bem mais razoável do que pensar em encaminhar, para o pagamento de dívidas do Estado, os 3 mil milhões do fundo de pensões da banca e que não teriam sido necessários para 2011. Este valor bem precisa que fique à guarda da segurança social porque bem precisa dele. Não podemos tirar da segurança social o dinheiro que lhe pertence. Ao fazê-lo estamos a afectar a sua estabilidade de médio e longo prazo.
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