A saga do TGV, mesmo na versão "linha de alta prestação" mista de passageiros e mercadorias, continua a dar que falar. Como aqui se refere, a Comissão Europeia e Madrid continuam a pressionar Portugal para que avance com a obra e aproveite os fundos comunitários disponíveis.
Parece que agora será o Ministro das Finanças que não deixa ou, como outros referem, não poderia avançar porque isso poderia ser entendido como dando razão ao governo anterior.
Mas, que me perdoem os meus leitores, não posso deixar de voltar a colocar a questão, não só desta indecisão quanto ao lançamento da obra, como também quanto à falta de clarificação da solução para a linha de mercadorias.
Como várias vezes alertei neste espaço, importa que se explique como é que a linha ferroviária, de bitola europeia, levará as mercadorias até Madrid e até ao resto da Europa, se em Espanha as mercadorias circulam em bitola ibérica.
E será talvez por isto que há tanto medo em avançar com a obra. É que, se eu tiver razão, uma eventual linha de bitola europeia significará que passaremos a ter um comboio de passageiros e mercadorias ligeiras de velocidade elevada, ou seja, um TGV de velocidade mais reduzida, mas mesmo assim de alta velocidade, ficando por resolver o problema da linha de mercadorias que servirá o porto de Sines e promoveria a sua competitividade.
Por favor, decidam-se.. e, como diriam os meus conterrâneos alentejanos sobre o Alqueva, Construam-me porra.
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