A questão da redução salarial é uma forma, ideologicamente orientada, de enfrentar a crise. Mas como muitos dizem, como ainda hoje António Pires de Lima, administrador da Super bock e dirigente do CDS, não é por aí que se resolve o problema da competitividade da economia portuguesa.
Mas a tecnocracia aceptica, que pretende mostrar se politicamente neutra, que hoje nos governa, por cá e pelas instituições internacionais, vai fazendo o seu caminho.
Lentamente, com uma declaração no meio de uma conferência de imprensa que, rapidamente enche as manchetes e domina os programas de opinião. E assim as vai preparando o caminho. Como se fosse o único.
E colocar no mesmo saco a redução salarial na AP e no privado é uma forma de baralhar para confundir. Na AP trata-se de reduzir a despesa publica que, embora seja uma medida injusta e discriminatoria e de legalidade duvidosa, se traduz, com prejuízo injustificado dos funcionarios públicos e pensionistas, em beneficio de toda a sociedade por evitar o recurso a impostos adicionais.
No caso do sector privado isso traduzir-se-ia em aumento da remuneração do capital. Sem qualquer beneficio beneficio para as contas publicas e de duvidoso impacto na competitividade da economia.
Não baralhemos as coisas. O aumento necessário das disponibilidades do Estado resolve-se através de impostos universais e progressivos abrangendo todos os rendimentos. A competitividade da economia enfrenta se com modernização das empresas, inovação e financiamento das empresas.
Sem comentários:
Enviar um comentário