Portugal colocou ontem mil milhões de euros de obrigações do tesouro a uma taxa de 5.99%.
Segundo o Secretario de Estado do Tesouro os níveis a que o Estado se financiou " não são sustentáveis a prazo, mas ainda são comportáveis no presente, o que reforça a necessidade de medidas a nível europeu".
Refere ainda o SE, e bem, que Portugal tem feito o trabalho de casa e que, por isso, importa que a Europa faça o que lhe compete, ou seja, que adopte " um plano europeu urgente de medidas que tornem o Fundo de Resgate mais flexível".
É por aqui que passa a solução, como já aqui tenho referido, em linha com obque outros, quer nacionais, quer estrangeiros, mais de esquerda ou mais liberais, têm vindo a defender, de forma mais sustentada do que eu, como é o caso de Maria João Rodrigues, Pedro Adão e Silva, Paulo Pedroso, Adriano Moreira, De Grauwe, Strauss Khan, entre muitos outros.
As atenções estão centradas nas decisões dos próximos Conselhos Europeus.
Do que daí sair muito dependerá o futuro próximo, quer para Portugal, quer para a zona euro.
Aparentemente há condições para para que se encontrem soluções capazes de enfrentar uma crise que é de todos.
Assim saiba a Europa evitar egoísmos que, como referia ontem Adriano Moreira, já, noutros momentos, tantos males causaram à Europa e ao Mundo.
Volto a repetir a mesma ideia que já aqui referi mais que uma vez: impõe-se encontrar mecanismos de intervenção à escala europeia que, orientados para o conjunto do espaço europeu e da zona euro, sejam efectivas ajudas aos Países em dificuldades e sujeitos à pressão especulativa dos mercados, e que não se traduzam num castigo para quem a eles recorra.
Não adianta pressionar, ou deixar que isso aconteça, para o recurso a mecanismos de resgate quando, o que estes oferecem, não é mais que uma espécie de cadafalso.
Quem estará disposto a isso? E em beneficio de quem? Dos Países que se opõem à adopção dessas medidas? Como bem lembrou, no seu blog Paulo Pedroso?
Que o bom senso e o sentido do interesse europeu prevaleça.
Aguardemos.
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