Ainda sobre o acordo de "salvação nacional":
Sou dos que acha que algo tem que ser feito tendo em vista o estabelecimento de uma plataforma mínima que permita criar as condições para a revisão do programa de ajustamento.
É para mim claro que os termos desse acordo não podem incluir qualquer compromisso quanto às propostas que o governo já fez, nomeadamente no que se refere aos cortes de 4,7 mil milhões de euros e ao ataque ao emprego público e aposentações.
O acordo que está em negociação não pode, por isso, ir além do estabelecimento de um entendimento quanto à satisfação dos compromissos do estado português quanto ao pagamento da dívida pública, deixando em aberto que tal se fará nos termos a acordar com a UE, BCE e FMI.
Este acordo deve, por isso, definir os contornos de um mandato claro para a renegociação do programa de ajustamento. Precisamos de mais tempo e de melhores juros para pagar a nossa dívida. E precisamos de um programa de ajustamento que permita criar espaço para o crescimento e para a criação de emprego, pondo fim à austeridade cega que tem sido até aqui a única resposta à crise.
O acordo que possa vir a ser firmado entre os 3 partidos deve ser entendido como o reforço da posição negocial de Portugal e de reafirmação perante os credores de que honraremos os nosso compromissos, e não para viabilizar o programa apresentado pelo governo.
Não me passa pela cabeça que possa ser outro o entendimento dos negociadores do PS. E não me passa pela cabeça que o PR e os partidos da maioria pensem que poderão esperar outra coisa do PS.
Se o PR e os partidos do governo não quiserem assim, terão que contar que enfrentar sozinhos os problemas que criaram.
O resto é andar a brincar à politica. E para esse peditório os portugueses já deram que baste.
Sou dos que acha que algo tem que ser feito tendo em vista o estabelecimento de uma plataforma mínima que permita criar as condições para a revisão do programa de ajustamento.
É para mim claro que os termos desse acordo não podem incluir qualquer compromisso quanto às propostas que o governo já fez, nomeadamente no que se refere aos cortes de 4,7 mil milhões de euros e ao ataque ao emprego público e aposentações.
O acordo que está em negociação não pode, por isso, ir além do estabelecimento de um entendimento quanto à satisfação dos compromissos do estado português quanto ao pagamento da dívida pública, deixando em aberto que tal se fará nos termos a acordar com a UE, BCE e FMI.
Este acordo deve, por isso, definir os contornos de um mandato claro para a renegociação do programa de ajustamento. Precisamos de mais tempo e de melhores juros para pagar a nossa dívida. E precisamos de um programa de ajustamento que permita criar espaço para o crescimento e para a criação de emprego, pondo fim à austeridade cega que tem sido até aqui a única resposta à crise.
O acordo que possa vir a ser firmado entre os 3 partidos deve ser entendido como o reforço da posição negocial de Portugal e de reafirmação perante os credores de que honraremos os nosso compromissos, e não para viabilizar o programa apresentado pelo governo.
Não me passa pela cabeça que possa ser outro o entendimento dos negociadores do PS. E não me passa pela cabeça que o PR e os partidos da maioria pensem que poderão esperar outra coisa do PS.
Se o PR e os partidos do governo não quiserem assim, terão que contar que enfrentar sozinhos os problemas que criaram.
O resto é andar a brincar à politica. E para esse peditório os portugueses já deram que baste.