1. Vítor Gaspar comporta-se como um robô. Anuncia um cenário macroeconómico tenebroso sem qualquer sinal de que isso o preocupa. Olha para a economia como uma coisa e para as pessoas como peças de uma máquina.
2. O Presidente da República comporta-se como um comentador. Reapareceu para dizer o que todos sabemos: quaisquer medidas adicionais de austeridade têm que ser aprovadas pelo Parlamento e, até lá, veremos o que acontece. Pela sua parte não acontecerá nada como já se viu. O que diz não tem qualquer consequência. Temos um comentador mas não temos um Presidente.
3. O CDS lá vai passando pelos intervalos da chuva e lá se vai, nas entrelinhas, demarcando da politica do Ministro das Finanças e do seu parceiro de coligação. Assinalando as discrepâncias entre os lideres do CE, BCE e FMI, e os técnicos da Troika (o que parece ser evidente e não se percebe como pode acontecer) o CDS acaba por, de forma indirecta, criticar a posição do seu próprio governo que, efectivamente, mostrou mais uma vez uma posição pouco ambiciosa na 7ª avaliação regular.
4. O Governo mostra-se incapaz de conduzir uma negociação a nível politico e limita-se a negociar com os técnicos que aqui aparecem periodicamente. HÁ QUE SUBIR O NÍVEL DA NEGOCIAÇÃO PARA O PATAMAR POLITICO.
5. É PRECISO MUDAR ISTO . E NA FALTA DE INSTITUIÇÕES CAPAZES DE DAR RESPOSTAS SÓ RESTA A LUTA DO POVO. E só espero que quando as instituições acordarem não seja tarde demais