Todos os jovens a trabalhar, a estagiar ou em formação, 4 meses após saírem da escola. Esta é uma das medidas anunciadas por Durão Barroso, na sequência do Conselho Europeu desta semana, a propósito da orientação para que todos os Estados Membros aprovem Planos Nacionais de Emprego.
É uma media interessante, embora não sendo nova, mas só a formação depende da vontade dos governos e da UE. Empregos e estágios dependem da disponibilidade das empresas, o que implica crescimento da economia, ou da concessão de subsidios aos salários, quer às empresas quer às instituições da economia social.
Como conseguir, então, o quadratura do círculo numa situação em que o que se pede e se aprova é austeridade e mais austeridade? A Europa tem que ser capaz de encontrar soluções diferentes para a crise. Como muitos vozes, de quadrantes variados, reclamam e os lideres europeus persistem em ignorar e persistir num caminho que não nos trará nada de bom.
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31 de janeiro de 2012
29 de janeiro de 2012
O neoliberalismo de Gaspar incomoda cavaquistas
O Publico de hoje titula "Cavaquistas querem que Vitor Gaspar saia".
Independemente da sustentabilidade da peça, importa registar duas coisas:
a primeira é que, na linha do que o Expresso de ontem escrevia, parece começar a haver um certo mal estar entre as diferentes sensibilidades da família social-democrata.
Como, desde muito cedo, se sabe o PSD que está no poder representa uma ruptura com o PSD tradicional e o ataque desenfreado, que prometeu, e esta a fazer ao modelo social, que temos vindo a construir, ameaça mesmo acabar com tudo o que se conseguiu nos últimos 30 anos.
Como se sabe, sem prejuízo de o PSD ser um só partido, há sensibilidades que têm uma visão diferente das coisas e que, por isso, legitimamente reagem. O Próprio Presidente da Republica se poderá integrar nesse grupo.
Em segundo lugar importa referir que o que está em causa nao é Gaspar. Quem está em causa é quem o escolheu, bem como a mais um conjunto de "estrangeirados" que terão, no hemisfério norte, desenhado um conjunto de soluções, ideologicamente marcadas, mas sem qualquer relação com a realidade portuguesa.
É, por isso, o governo e no seu todo e o próprio PM que devem ser confrontados com a destruição que estão a provocar ao Pais. E os socialdemocratas que sentem que os valores mais profundos da social democracia estão a ser atingidos, devem começar a ser parte da construção de alternativas. Antes que seja tarde.
Como diz o Prof Sobrinho Simões, tambem no Publico de hoje e a propósito do SNS, para que o mesmo se mantenha é preciso que o racionalizemos. O memso raciocínio pode e deve aplicar-se ao conjunto do estado social.
Mas há duas formas de racionalizar o estado social: uma é destruindo-o, que é o que esta a ser feito por este Governo. Outra é defende-lo, encontrando soluções de sustentabilidade que, introduzindo-lhe eficiência, preserve o seu papel na construção de uma sociedade solidaria e justa.
As forças deste lado têm que saber encontrar as soluções que evitem a derrocada que esta à vista.
Independemente da sustentabilidade da peça, importa registar duas coisas:
a primeira é que, na linha do que o Expresso de ontem escrevia, parece começar a haver um certo mal estar entre as diferentes sensibilidades da família social-democrata.
Como, desde muito cedo, se sabe o PSD que está no poder representa uma ruptura com o PSD tradicional e o ataque desenfreado, que prometeu, e esta a fazer ao modelo social, que temos vindo a construir, ameaça mesmo acabar com tudo o que se conseguiu nos últimos 30 anos.
Como se sabe, sem prejuízo de o PSD ser um só partido, há sensibilidades que têm uma visão diferente das coisas e que, por isso, legitimamente reagem. O Próprio Presidente da Republica se poderá integrar nesse grupo.
Em segundo lugar importa referir que o que está em causa nao é Gaspar. Quem está em causa é quem o escolheu, bem como a mais um conjunto de "estrangeirados" que terão, no hemisfério norte, desenhado um conjunto de soluções, ideologicamente marcadas, mas sem qualquer relação com a realidade portuguesa.
É, por isso, o governo e no seu todo e o próprio PM que devem ser confrontados com a destruição que estão a provocar ao Pais. E os socialdemocratas que sentem que os valores mais profundos da social democracia estão a ser atingidos, devem começar a ser parte da construção de alternativas. Antes que seja tarde.
Como diz o Prof Sobrinho Simões, tambem no Publico de hoje e a propósito do SNS, para que o mesmo se mantenha é preciso que o racionalizemos. O memso raciocínio pode e deve aplicar-se ao conjunto do estado social.
Mas há duas formas de racionalizar o estado social: uma é destruindo-o, que é o que esta a ser feito por este Governo. Outra é defende-lo, encontrando soluções de sustentabilidade que, introduzindo-lhe eficiência, preserve o seu papel na construção de uma sociedade solidaria e justa.
As forças deste lado têm que saber encontrar as soluções que evitem a derrocada que esta à vista.
16 de janeiro de 2012
As agências de rating e a resposta europeia que tarda
Esta estória das agências de rating já ultrapassou os limites. Depois de baixar o rating das dívidas soberanas de 9 Países europeus, a Standard & Poors, reduz o rating do Fundo Europeu.
A Comissão Europeia reagiu, achando tal decisão sem sentido. Posição idêntica tomou nosso Primeiro Ministro. Gostei e de o ouvir a denunciar as motivações politicas da S&P. Mas em que ficamos? só pelas denúncias? Mas então a Europa, com as suas instituições, nomeadamente financeiras, não tem instrumentos para mandar bugiar os notadores e meter bater o pé aos mercados? O que é preciso mais para o BCE assumir as suas plenas funções de Banco Central? Como diz Mário Soares é preciso pôr os mercados na ordem. Acordai povos da Europa e encontrai, pela via democrática, lideres à altura dos tempos actuais.
A Comissão Europeia reagiu, achando tal decisão sem sentido. Posição idêntica tomou nosso Primeiro Ministro. Gostei e de o ouvir a denunciar as motivações politicas da S&P. Mas em que ficamos? só pelas denúncias? Mas então a Europa, com as suas instituições, nomeadamente financeiras, não tem instrumentos para mandar bugiar os notadores e meter bater o pé aos mercados? O que é preciso mais para o BCE assumir as suas plenas funções de Banco Central? Como diz Mário Soares é preciso pôr os mercados na ordem. Acordai povos da Europa e encontrai, pela via democrática, lideres à altura dos tempos actuais.
12 de janeiro de 2012
O pastel de nata
Será que o governo, e o sr. Ministro da Economia, não sabe que o pastel de nata não pode ser confundido com os pastéis de Belém? e não saberá que há quem exporte, de forma significativa, pastéis de nata, que não são de Belém? e que não fica bem que, para promover um símbolo da doçaria portuguesa, se faça a promoção de uma das marcas desse produto? o Pastel de Belém é uma marca produzida por um dos vários produtores de pastéis de nata e que, na minha ,nem são os melhores. Todos o anos há, em Lisboa, um concurso de pastéis de nata e, pelo menos nos últimos anos, o conhecido pastel de nata não ganhou o prémio do melhor pastel de nata. Não vou referir aqui os que ganharam, e alguns eu consumo, para não incorrer no mesmo erro de publicidade gratuita que foi hoje feita pelo Sr. Ministro da Economia.
4 de janeiro de 2012
O direito à indignação e à construção de alternativas
A indignação é um direito que não devemos deixar de exercer..Mesmo que seja só isso. Mas como sugere Nicolau Santos, podemos fazer mais. Eles podem desistir do País..é lamentável mas têm esse direito..Mas nós podemos desistir deles..o comércio de bairro é uma boa alternativa..eu gosto da ideia e pratico sempre que posso..Assim ele saiba modernizar-se e adaptar-se às necessidades e hábitos dos consumidores actuais..Obrigado Nicolau por persistir em dizer o que pensa...
2 de janeiro de 2012
Krugman em defesa de Sócrates
Krugman bem que se esforça por mostrar que a obcessão pelo deficite e pela dívida não é a solução para enfrentar a crise. E diz, do lugar de Nobel da Economia, o mesmo que, dito por Sócrates, foi apelidado de grande irresponsabilidade. Pode ser que dito por um Nobel seja melhor percebido.
"Deficit-worriers portray a future in which we’re impoverished by the need to pay back money we’ve been borrowing.
They see America as being like a family that took out too large a mortgage, and will have a hard time making the monthly payments. This is, however, a really bad analogy in at least two ways.
First, families have to pay back their debt. Governments don’t — all they need to do is ensure that debt grows more slowly than their tax base. The debt from World War II was never repaid; it just became increasingly irrelevant as the U.S. economy grew, and with it the income subject to taxation."
"Deficit-worriers portray a future in which we’re impoverished by the need to pay back money we’ve been borrowing.
They see America as being like a family that took out too large a mortgage, and will have a hard time making the monthly payments. This is, however, a really bad analogy in at least two ways.
First, families have to pay back their debt. Governments don’t — all they need to do is ensure that debt grows more slowly than their tax base. The debt from World War II was never repaid; it just became increasingly irrelevant as the U.S. economy grew, and with it the income subject to taxation."
1 de janeiro de 2012
Presidente não explica promulgação do orçamento
O Presidente da República acaba de fazer a sua comunicação de ano novo. Caracterizou a situação que todos conhecemos e apelou ao empenhamento de todos para enfrentarmos os sacrifícios. Apelou à sua distribuição equitativa e afirmou que cabe aos agentes políticos explicar aos portugueses os fundamentos das suas decisões.
Mas, como já previa, perdeu uma grande oportunidade para fazer o que pede aos outros. Também o Presidente é uma agente politico e, por isso, deve explicar os fundamentos das suas decisões. Devia. por isso, ter explicado as razões porque promulgou o orçamento depois de tanto ter criticado algumas das medidas mais emblemáticas.
Com tal comportamento o Presidente corre o risco de as suas intervenções se tornarem irrelevantes.
Um Presidente, quando fala, tem que tirar consequências do que diz e da forma como o diz. E quando não o faz deve explicações ao Pais. Não o fez. Não cumpriu o dever que atribui aos agentes políticos, que também é...
Mas, como já previa, perdeu uma grande oportunidade para fazer o que pede aos outros. Também o Presidente é uma agente politico e, por isso, deve explicar os fundamentos das suas decisões. Devia. por isso, ter explicado as razões porque promulgou o orçamento depois de tanto ter criticado algumas das medidas mais emblemáticas.
Com tal comportamento o Presidente corre o risco de as suas intervenções se tornarem irrelevantes.
Um Presidente, quando fala, tem que tirar consequências do que diz e da forma como o diz. E quando não o faz deve explicações ao Pais. Não o fez. Não cumpriu o dever que atribui aos agentes políticos, que também é...
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